Notáveis Cataguasense Coronel Joaquim Gomes de Araújo Porto

Coronel Joaquim Gomes de Araújo Porto, nascido em São João Nepomuceno, em 06/06/1854. Agente-Executivo do Município por dois períodos particularmente conturbados, demonstrou qualidades de hábil político. Criador do jornal “O Cataguases” , em 1906. Morreu em Ubá, em 14/06/1930.


Após fazer estudos secundários na Escola Régia, em São João Nepomuceno, Joaquim de Araújo Porto ingressa na vida pública em Cataguases, exercendo o cargo de Juiz de Paz. Moderação e tolerância foram atributos essenciais para que ele se destacasse como um dos políticos mais atuantes do município.


Em 1890, foi-lhe conferido o título de tenente-coronel da Guarda Nacional da Comarca de Cataguases pelo presidente da recém-proclamada República no Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca. No mesmo ano, era nomeado Intendente Municipal. Após cumprir o mandato, exerceu o cargo de subdelegado do distrito de Itamarati e, no ano seguinte, foi eleito vereador por aquele distrito. Nessa época, 1891, a Intendência foi extinta e o governo do município voltava ao presidente da Câmara através dos agentes-executivos.


A partir de 1901, na qualidade de Agente-Executivo do município por dois mandatos, Araújo Porto enfrenta situações adversas durante suas gestões - surtos epidêmicos de varíola, febre amarela e colapsos clínicos da produção cafeeira, fatores desestabilizantes do erário municipal. Realizando uma administração habilidosa, o Agente-Executivo conseguiu conciliar lideranças políticas antagônicas e reduzir a dívida pública. Procurou ainda incentivar novas atividades que garantiriam a estabilidade econômica do município.


Em meio a essas circunstâncias, Araújo Porto apóia integralmente os idealizadores dos dois primeiros projetos industriais para Cataguases - uma fábrica de tecidos e uma usina geradora de energia elétrica. Foi um dos diretores da Companhia de Fiação e Tecelagem. Além disso, o Coronel Araújo Porto presidiu a Sociedade Agrícola de Cataguases, atuou como inspetor de instrução pública e, em 1906, criou o seminário “Cataguazes”, o órgão oficial dos Poderes Municipais.


Trecho retirado do livro "Os 100 do século em Cataguases", da Fundação Ormeo Junqueira Botelho.

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